Durante uma entrevista concedida após a segunda reunião da sala de situação de crise, Marina Silva destacou a gravidade da situação, afirmando que a bacia do Paraguai está enfrentando uma escassez hídrica severa. Ela explicou que a combinação dos fenômenos do El Niño e El Niña resultou em uma quantidade significativa de matéria orgânica em combustão, o que tem contribuído para incêndios fora do normal na região.
A ministra revelou que o Ministério do Meio Ambiente já estava se preparando desde outubro do ano passado para enfrentar as consequências dos incêndios. A situação é tão crítica que foi decretada emergência em relação ao fogo e à contratação de brigadistas. Diversas entidades estão mobilizadas, incluindo o Ibama, o ICMBio, a Marinha e os bombeiros locais, para tentar conter as chamas.
Marina Silva também alertou para uma possível mudança no clima da região, que caminha para um “novo normal” devido à estiagem mais severa dos últimos 70 anos. Segundo ela, mais de 80% dos incêndios estão acontecendo em propriedades particulares, gerando uma grande responsabilidade para o governo. A ministra ressaltou a necessidade de aprovação pelo Congresso da Lei do Manejo Integrado do Fogo para enfrentar a situação emergencial.
Além disso, a ministra apontou a proibição do uso do fogo em pastagens como uma medida crucial para combater os incêndios. Ela destacou a colaboração dos governos estaduais na proibição do manejo controlado de fogo até o final do ano e enfatizou que qualquer um que desrespeitar essa determinação estará cometendo um delito.
Portanto, a situação no Pantanal é preocupante e requer ação imediata e efetiva para conter os incêndios e preservar esse importante ecossistema.
