Narendra Modi pede “consenso” com a oposição em abertura do novo Parlamento após derrota eleitoral e formação de governo de coalizão.

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, adotou um tom conciliatório ao convocar um “consenso” com a oposição durante a abertura do novo Parlamento eleito. Esse acontecimento ocorreu após uma derrota eleitoral que obrigou Modi a formar um governo de coalizão pela primeira vez em uma década.

A sessão do novo Parlamento, iniciada nesta segunda-feira e programada até 3 de julho, promete oferecer uma visão dos planos de Modi para o seu terceiro mandato. Além disso, há a possibilidade de vermos a nomeação de Rahul Gandhi como líder da oposição, uma posição vaga desde 2014.

Durante seus mandatos anteriores, Modi conseguiu aprovar leis no Parlamento com pouco debate, devido às vitórias eleitorais expressivas de seu partido, o Bharatiya Janata Party (BJP). No entanto, agora, com o BJP conquistando apenas 240 assentos nas eleições, o partido depende de uma aliança variada com pequenos partidos para governar.

Diante desse cenário, espera-se que Modi modere sua agenda nacionalista hindu para agradar seus parceiros de coalizão, com foco em questões de infraestrutura, proteção social e reformas econômicas, temas considerados menos controversos.

Em seu discurso ao Parlamento em Nova Délhi, o premiê ressaltou a importância do consenso para liderar o país, instando a oposição a desempenhar um papel construtivo. Rahul Gandhi, por sua vez, surpreendeu ao quase dobrar o número de assentos de seu partido, o Congresso Nacional Indiano.

O cargo de líder da oposição, que ficou vago por uma década, de acordo com o regulamento do Parlamento, exige que o partido tenha pelo menos 10% dos deputados na Câmara Baixa, que conta com 543 assentos. Com o início desta nova fase política na Índia, o clima de conciliação e busca por consenso parece ser a tônica para os próximos passos do governo de coalitionento liderado por Modi.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo