Georg Gänswein, ex-secretário pessoal de Bento XVI, foi designado como núncio apostólico na Lituânia, Estônia e Letônia. O anúncio foi feito pela Santa Sé em comunicado oficial. A escolha do religioso alemão para essa posição diplomática pode ser vista como um esforço de aproximação entre as partes, após episódios de conflito no passado.
A relação entre Gänswein e o Papa Francisco ficou abalada após a publicação das memórias do ex-secretário, intituladas “Nada além da verdade – A minha vida ao lado de Bento XVI”. Nesse livro, Gänswein criticou a postura do atual pontífice em relação a questões como o uso da missa em latim, um tema caro ao papa emérito Bento XVI.
O episódio da publicação das memórias foi descrito pelo papa Francisco como uma falta de nobreza e humanidade, causando grande dor ao pontífice. A decisão de nomear Gänswein para uma função diplomática nos países bálticos pode ser interpretada como um esforço de reconciliação e superação das divergências do passado.
As especulações e comentários em torno da relação entre os dois papas – Francisco e Bento XVI – foram intensos nos últimos anos, devido à convivência inédita que tiveram no Vaticano. A nomeação de Gänswein como embaixador do Vaticano nos países bálticos pode representar um passo importante na busca pela harmonia e entendimento entre as partes envolvidas.
Dessa forma, o gesto do papa Francisco em nomear Georg Gänswein para uma função diplomática nos países bálticos pode ser interpretado como um sinal positivo de que a reconciliação e o diálogo são possíveis, mesmo diante de divergências passadas. É um passo importante na busca pela unidade e concórdia dentro da instituição católica.
