Presidente da Colômbia nega ordem de interceptação ilegal de linhas telefônicas de magistrados da Corte Constitucional em escândalo.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, se pronunciou nesta segunda-feira (24) para negar as acusações de que seu governo ordenou a interceptação ilegal de linhas telefônicas de magistrados da Corte Constitucional. As denúncias surgiram após uma reportagem da revista Semana revelar que o juiz Jorge Enrique Ibáñez apresentou uma queixa ao Ministério Público, alegando que suas comunicações foram interceptadas por agências de inteligência do Estado.

Petro utilizou sua conta nas redes sociais para afirmar que, desde o início de seu governo, a ordem presidencial às agências de inteligência é não utilizar esses recursos contra a oposição, a imprensa ou os tribunais. Ele enfatizou que a inteligência do Estado deve ser direcionada para combater crimes de grande escala e não para espionar autoridades ou cidadãos.

Por outro lado, Ibáñez afirmou que suas comunicações, especialmente seu celular, foram interceptadas fora dos parâmetros legais e pediu uma investigação do Ministério Público sobre o caso. O magistrado também destacou que outros juízes auxiliares da Corte Constitucional podem ter sido alvo de espionagem.

Apesar das negativas de Petro, a revista Semana divulgou que um general, sob anonimato, confirmou que as interceptações ocorreram de fato. Essas acusações surgem em um momento delicado para o presidente, que busca convocar uma assembleia para fazer mudanças na Constituição, movimento que é criticado pela oposição, que enxerga nele uma tentativa de contornar a autoridade dos tribunais superiores.

A questão da interceptação ilegal de linhas telefônicas de magistrados da Corte Constitucional mantém a Colômbia em alerta, aguardando os desdobramentos das investigações e a posição das autoridades competentes sobre o caso.

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