A decisão dos docentes da UFPE surge logo após os professores e servidores técnico-administrativos da Educação Básica, Profissional e Tecnológica terem aceitado a proposta do governo federal para encerrar a paralisação nas escolas. O acordo entre o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e o governo inclui a reestruturação da remuneração, com dois reajustes salariais previstos para 2025 e 2026.
Durante a assembleia desta quinta-feira, os professores terão a oportunidade de responder à pergunta: “Você concorda que os docentes da UFPE saiam da greve?”. Nas últimas reuniões, que foram realizadas de forma híbrida (presencial e virtual), a participação da categoria foi significativa. No dia 17 de abril, quando a paralisação teve início, 1.736 profissionais participaram da votação. Já em 24 de maio, quando foi analisada uma contraproposta do governo, 1.548 docentes estavam presentes.
A presidente da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), Teresa Lopes, destacou que a greve cumpriu seu propósito, uma vez que o governo atendeu a várias demandas da categoria. Mesmo com o zero de reajuste para este ano, o anúncio de aumento de 9% em 2025 e 3,5% em 2026 foi considerado um avanço pelos professores.
Além das questões salariais, outras demandas foram atendidas, como a recomposição do orçamento das universidades, garantias de qualidade para os estudantes, revogação de portarias prejudiciais aos profissionais, reajustes em benefícios e a destinação de verbas para a expansão e criação de novos campi. Os professores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) já decidiram encerrar a paralisação e retomar às atividades em breve.