Queimadas no Pantanal aumentam em 1500% em Corumbá, Mato Grosso do Sul, enquanto tradicional festa junina é criticada nas redes sociais.

No último fim de semana, a cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, foi palco do tradicional Arraial do Banho de São João. Enquanto a população celebrava essa festividade típica, um drama ambiental se desenrolava a poucos quilômetros de distância. Uma grande trilha de fogo se alastrava na margem oposta do Rio Paraguai, em uma cena assustadora de incêndio no Pantanal.

O registro em vídeo feito por uma moradora no sábado, 22, mostrou as chamas se propagando de forma descontrolada, levantando críticas e questionamentos sobre a realização de eventos festivos em meio a uma situação de emergência ambiental. Corumbá tem sido duramente atingida pelos incêndios, contabilizando um total de 1.291 focos de queimadas, o que a torna o município mais afetado pelas queimadas no bioma em 2024.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as áreas incendiadas no Pantanal aumentaram de forma alarmante em comparação ao ano anterior. Até meados de junho, foram registradas 2.246 queimadas, número que se equipara aos índices de 2020, quando uma devastação sem precedentes assolou o bioma, com 2.315 focos de incêndio até junho.

Diante desse cenário preocupante, o governo estadual tomou medidas emergenciais, proibindo o uso do fogo controlado nas propriedades e investindo R$ 50 milhões na estrutura de combate a incêndios florestais. Além disso, foi solicitado apoio federal, resultando no envio de quatro aeronaves de grande porte do Exército e 50 agentes da Força Nacional para auxiliar no combate às chamas em Mato Grosso do Sul.

A situação é crítica e exige ação imediata para conter a destruição do Pantanal, um dos biomas mais ricos em biodiversidade do país. É fundamental garantir a preservação desse ecossistema único e tomar medidas efetivas para evitar novas tragédias ambientais.

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