O caso teve três julgamentos ao longo dos anos, com diversos recursos interpostos, incluindo à Suprema Corte dos EUA. Segundo informações da imprensa americana, Kerry Max Cook foi acusado de estupro, assassinato e mutilação de Linda Jo Edwards, de 21 anos, na cidade de Tyler, no Texas. O crime chocou a comunidade local e as autoridades logo apontaram Cook como o principal suspeito, devido a impressões digitais encontradas na porta do quarto da vítima que coincidiam com as suas.
No entanto, análises científicas e depoimentos de especialistas posteriormente desmentiram a alegação de que as impressões digitais eram recentes e Cook foi condenado à morte em seu primeiro julgamento, realizado em 1979. Sua condenação foi anulada em recurso, mas o segundo julgamento também terminou em anulação devido a divergências no júri. O terceiro julgamento, em 1994, resultou em uma nova condenação e sentença de morte.
Os resultados dos testes de DNA realizados nas roupas íntimas de Edwards, em 1999, não coincidiram com as impressões digitais de Cook, o que levantou ainda mais dúvidas sobre a sua culpabilidade. Mais tarde, a principal testemunha no primeiro julgamento de Cook admitiu ter mentido em troca de uma pena reduzida, enfraquecendo a narrativa que incriminava Cook.
O juiz Bert Richardson, em sua decisão, apontou para as inúmeras alegações de má conduta do Estado que justificavam a anulação da condenação de Cook. A decisão do Tribunal de Apelações Criminais do Texas reforçou a necessidade de revisão do caso e destacou as falhas e irregularidades que permearam os processos judiciais. O gabinete do promotor distrital do condado de Smith foi contatado pela imprensa para comentar o caso.