Brasileiro preso nos EUA por realizar cirurgias plásticas ilegais em centro de estética na Flórida sem licença exigida

Um brasileiro natural de Pernambuco foi preso em solo norte-americano por suspeita de realizar procedimentos cirúrgicos em um centro de estética na Flórida sem a licença necessária. Identificado como Adley da Silva, de 51 anos, o indivíduo atuava como assistente médico e era o proprietário do Cosmetica Plastic Surgery and Anti-Aging. O estabelecimento promovia diversos procedimentos estéticos, incluindo o polêmico “levantamento de bumbum brasileiro”.

De acordo com informações divulgadas pelo Departamento de Polícia da cidade de Port St. Lucie, o pernambucano não possuía autorização para exercer a função de cirurgião, porém, realizava uma série de cirurgias plásticas, como lipoaspiração e implante de silicone. O chefe da polícia local, Leo Niemczyk, revelou que eram aplicadas injeções de gordura, além de procedimentos que resultaram em infecções em diversas áreas do corpo dos pacientes.

As investigações tiveram início em maio de 2022, após denúncias feitas pelos clientes. Quatro pacientes do centro de estética foram identificados como vítimas de cirurgias malsucedidas, sofrendo complicações e infecções decorrentes dos procedimentos realizados. Além de Adley da Silva, outras três pessoas foram detidas em conexão com o caso.

Kiomy Quintana, esposa de Adley, não só exercia a aplicação de botox, mas também auxiliava no tratamento de cirurgias malfeitas, sem possuir a devida licença médica. A cirurgiã Diane Millan e o anestesista Fermal Simpson também foram presos sob a acusação de participação nas cirurgias malsucedidas. Os custos dos procedimentos variavam de U$ 6,8 mil a U$ 22,9 mil.

Em 2023, o registro do centro de estética foi cassado e a clínica foi proibida de operar, porém, continuava em funcionamento. Adley da Silva foi acusado de extorsão, esquema de fraude, lesão corporal grave e prática de medicina sem licença. Apesar de pagar fiança e ser liberado, o pernambucano é alvo de uma série de acusações graves.

Em sua defesa, o brasileiro negou ter atuado sem supervisão de um cirurgião plástico, alegando possuir o treinamento adequado para realizar os procedimentos. No entanto, as investigações prosseguem e novos desdobramentos podem surgir a qualquer momento neste caso que chocou a comunidade local e chamou a atenção das autoridades competentes.

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