De acordo com o CFM, a restrição à venda de fenol no Brasil é compreensível, uma vez que o produto estava sendo comercializado sem um controle adequado, inclusive pela internet. No entanto, o Conselho destaca a necessidade de ajustes na regulamentação, pois a proibição também se aplica ao uso do fenol por médicos.
O presidente do CFM, José Hiran da Silva, enfatizou que a resolução da Anvisa é excessiva ao impedir o uso do fenol por médicos, que são profissionais capacitados para manipular a substância em tratamentos realizados em instalações que seguem as normas da vigilância sanitária.
Em resposta, a Anvisa afirmou que a proibição permanecerá em vigor enquanto são conduzidas investigações sobre os potenciais danos associados ao uso do fenol em procedimentos invasivos. A Agência ressaltou a importância de zelar pela saúde e integridade física da população, destacando a falta de estudos que comprovem a eficácia e segurança do fenol para uso em tais procedimentos.
A resolução da Anvisa foi emitida após a trágica morte do empresário Henrique Silva Chagas, de 27 anos, em São Paulo, após se submeter a um peeling de fenol. O procedimento, realizado pela esteticista e influenciadora Natalia Fabiana de Freitas Antonio, resultou em complicações fatais para Chagas.
O peeling de fenol é uma técnica invasiva que utiliza a substância ácida para promover a renovação celular na pele, sendo indicado para casos de envelhecimento facial severo e problemas de textura cutânea. A Anvisa reforça a importância de seguir as investigações para garantir a segurança dos procedimentos estéticos e de saúde que envolvem o uso do fenol.