Conflito entre Israel e Hamas agrava risco de fome em Gaza, com mais de meio milhão de pessoas em situação grave.

O alto risco de fome persiste em toda a Faixa de Gaza, conforme relato de um monitor global da fome divulgado nesta terça-feira (25). Mais de 495 mil pessoas, o que representa mais de um quinto da população de Gaza, estão enfrentando o nível mais grave e catastrófico de insegurança alimentar, de acordo com a atualização da classificação Integrada de Fases da Segurança Alimentar (IPC).

Através do aumento das entregas de alimentos e serviços de nutrição ao norte de Gaza nos meses de março e abril, a gravidade da fome na região parece ter diminuído. Contudo, a ofensiva de Israel em Rafah, ao sul, desde o início de maio, juntamente com outras hostilidades e deslocamentos, resultaram em uma nova deterioração nas últimas semanas.

O relatório aponta que o espaço humanitário na Faixa de Gaza está se tornando mais restrito e a capacidade de fornecer assistência às populações está diminuindo progressivamente. A situação é descrita como negativa e altamente instável. O fechamento da passagem na fronteira de Gaza com o Egito devido à ofensiva em Rafah, que era essencial para a entrega de alimentos e outros suprimentos, agravou ainda mais a condição humanitária na região.

Além disso, as interrupções na passagem israelense próxima de Kerem Shalom também contribuíram para reduzir o acesso humanitário a cerca de 2 milhões de pessoas no sul de Gaza, de acordo com o IPC. A falta de acesso seguro a alimentos e outras necessidades básicas está agravando a crise humanitária na região.

Diante desse cenário alarmante, a situação de fome em Gaza continua sendo uma questão urgente que requer ação imediata para garantir o bem-estar e a sobrevivência da população afetada.

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