Para lidar com essa situação, Leite se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com o secretário extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta. Durante o encontro, o governador solicitou que a União recomponha integralmente as perdas financeiras e que o dinheiro economizado com a suspensão do pagamento das dívidas do estado seja utilizado não apenas para investimentos, mas também para gastos de custeio.
Uma proposta apresentada por Leite foi que a União apure a perda de arrecadação a cada dois meses e recomponha as receitas de forma integral. O governador ressaltou a importância do apoio federal, mencionando que apenas a União tem capacidade e ferramentas para emitir dívida, algo que os estados não conseguem fazer para cobrir perdas tão significativas.
O secretário extraordinário Paulo Pimenta afirmou que a União acompanhará a execução orçamentária do estado nos próximos meses e que serão buscadas medidas compensatórias, caso as perdas se confirmem. Pimenta destacou a possibilidade de adotar novas medidas para auxiliar o Rio Grande do Sul, visando estimular o consumo e estabilizar a arrecadação estadual.
No entanto, quanto ao uso dos recursos da suspensão da dívida do estado para despesas de custeio, Pimenta mencionou que a legislação atual permite a destinação apenas para investimentos. Ele ressaltou a necessidade de consultar o Tribunal de Contas da União (TCU) caso haja interesse em utilizar esses recursos para auxílio à população. A expectativa é que, com apoio federal e medidas compensatórias, o estado consiga enfrentar os impactos financeiros das enchentes e garantir a continuidade dos serviços públicos.