O incidente ocorreu logo após o lançamento bem-sucedido do satélite pace Variable Objects Monitor, uma colaboração entre China e França. O satélite de 930 quilos possui quatro instrumentos, dois chineses e dois franceses. Ele foi lançado a partir da base espacial de Xichang, na província de Sichuan, no sudoeste da China.
O uso de hidrazina como combustível para foguetes é discutível, uma vez que a maioria das agências espaciais evitam seu uso devido aos seus efeitos tóxicos. Enquanto o Proton, foguete da Rússia, ainda utiliza hidrazina em seus estágios, a tendência global é buscar alternativas mais seguras.
O satélite possui um importante papel na observação de explosões de raios gama, enviando dados para observatórios na Terra assim que detecta uma explosão. Essa colaboração entre França e China revela um aspecto interessante na política espacial, visto que a NASA foi proibida de colaborar com Pequim no espaço desde 2011.
Com a colocação do satélite em órbita terrestre, a comunidade científica espera receber informações valiosas sobre explosões de raios gama. Apesar dos incidentes isolados causados pela queda de destroços do foguete, a missão do satélite tem potencial para contribuir de forma significativa para os estudos espaciais.