Foguete chinês cai sobre vila na China lançando fumaça tóxica; incidente ocorre após lançamento de satélite para estudar explosões espaciais.

No último sábado, uma parte de um foguete chinês caiu sobre uma vila no sudoeste da China, deixando um rastro de fumaça laranja proveniente da hidrazina, um combustível tóxico que alimenta o foguete Long March 2C. As imagens divulgadas nas redes sociais mostram moradores, incluindo crianças, correndo para se afastar da área, temendo uma possível explosão.

O incidente ocorreu logo após o lançamento bem-sucedido do satélite pace Variable Objects Monitor, uma colaboração entre China e França. O satélite de 930 quilos possui quatro instrumentos, dois chineses e dois franceses. Ele foi lançado a partir da base espacial de Xichang, na província de Sichuan, no sudoeste da China.

O uso de hidrazina como combustível para foguetes é discutível, uma vez que a maioria das agências espaciais evitam seu uso devido aos seus efeitos tóxicos. Enquanto o Proton, foguete da Rússia, ainda utiliza hidrazina em seus estágios, a tendência global é buscar alternativas mais seguras.

O satélite possui um importante papel na observação de explosões de raios gama, enviando dados para observatórios na Terra assim que detecta uma explosão. Essa colaboração entre França e China revela um aspecto interessante na política espacial, visto que a NASA foi proibida de colaborar com Pequim no espaço desde 2011.

Com a colocação do satélite em órbita terrestre, a comunidade científica espera receber informações valiosas sobre explosões de raios gama. Apesar dos incidentes isolados causados pela queda de destroços do foguete, a missão do satélite tem potencial para contribuir de forma significativa para os estudos espaciais.

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