Fundador do WikiLeaks, Julian Assange, é libertado da prisão no Reino Unido e enfrenta audiência final após acordo judicial com os EUA.

Após anos de batalhas judiciais e extradição iminente para os Estados Unidos, o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, finalmente foi libertado da prisão no Reino Unido. O australiano de 52 anos chegou a um acordo com as autoridades americanas e agora aguarda uma audiência final, marcada para quarta-feira, em um tribunal federal das Ilhas Marianas do Norte.

Assange, que enfrentava perseguição por ter divulgado centenas de milhares de documentos confidenciais, deixou o Reino Unido após passar cinco anos detido em uma penitenciária de segurança máxima perto de Londres. O WikiLeaks, organização fundada por ele, divulgou um vídeo mostrando o australiano embarcando em um avião, feliz por ter encontrado sua esposa, Stella Assange, e seus filhos.

O avião em que Assange viajava fez uma escala técnica em Bangcoc antes de seguir para Saipan, nas Ilhas Marianas do Norte, onde o australiano se declarará culpado de “conspiração para obter e disseminar informações de defesa nacional”. Caso seja condenado, Assange poderia enfrentar até 62 meses de prisão, mas devido ao tempo já cumprido no Reino Unido, sua volta à Austrália em liberdade é esperada.

O acordo judicial que encerra essa saga de 14 anos foi um alívio para sua esposa, Stella Assange, que expressou “imensa gratidão” aos que lutaram por sua liberdade. A decisão foi comemorada pela ONU, que destacou a importância da resolução desse caso em termos de direitos humanos.

Julian Assange, que passou sete anos confinado na embaixada do Equador em Londres, agora aguarda a ratificação do acordo pelo juiz na audiência final. Sua libertação marca o fim de uma longa batalha judicial e um novo capítulo na vida do fundador do WikiLeaks.

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