O PPCUB, aprovado recentemente pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, estabelece regras para construções e atividades comerciais na capital federal, uma área tombada pela União e Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Brasília foi declarada Patrimônio Mundial da Humanidade em 1987.
Durante a audiência, Leila Barros criticou a falta de abordagem eficaz do PPCUB em relação ao déficit habitacional e a possível abertura para a especulação imobiliária. Ela destacou a necessidade de um plano de mobilidade urbana adequado para lidar com problemas de trânsito e outros impactos negativos que as mudanças propostas pelo plano poderiam trazer.
Diversas alterações propostas pelo plano, como a autorização para altura significativa de hotéis e liberação de atividades comerciais em diversas áreas da cidade, foram apontadas como preocupantes durante a audiência. A falta de zona de amortecimento do Conjunto Urbanístico de Brasília também foi mencionada como uma lacuna no plano.
Deputados distritais e consultores legislativos também expressaram críticas ao PPCUB, apontando inconsistências e preocupações com as diretrizes constitucionais de preservação do patrimônio cultural da cidade. A secretária-adjunta de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Distrito Federal defendeu a proposta, ressaltando que alterações significativas exigiriam leis complementares.
No geral, a audiência pública evidenciou a complexidade e controvérsia em torno do PPCUB e a necessidade de um debate amplo e transparente sobre o futuro urbanístico e ambiental de Brasília. A preservação do patrimônio arquitetônico, histórico e ambiental da cidade deve ser cuidadosamente considerada para garantir um desenvolvimento sustentável e equitativo.