Juiz suspende parte da ordem de silêncio de Donald Trump antes do julgamento penal por fraude documental.

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teve uma parcial revogação da ordem de silêncio imposta pelo juiz Juan Merchan antes do seu julgamento penal por fraude documental. A mudança na situação foi divulgada em um documento judicial nesta terça-feira (25), após o magistrado proibir Trump de falar sobre membros do júri, testemunhas, promotores, a equipe do tribunal e até mesmo sua própria família.

O histórico julgamento do magnata em Nova York teve a restrição ampliada também para incluir o promotor. No entanto, Merchan decidiu rever essa medida, considerando que as circunstâncias haviam mudado após o veredicto ter sido emitido e o júri ter sido dispensado.

A decisão do juiz permite agora que Trump fale publicamente sobre as testemunhas do julgamento, o júri e o próprio veredicto, mas ainda é proibida a divulgação das identidades dos membros do júri. Vale ressaltar que Trump foi multado em 10 mil dólares por violar a ordem de silêncio em 10 ocasiões e o juiz ameaçou prendê-lo caso a infração se repetisse.

Antes da ordem de silêncio, o ex-presidente utilizou sua plataforma Truth Social para criticar as testemunhas e a promotoria. O julgamento condenou Trump por falsificar documentos contábeis para ocultar o pagamento de 130 mil dólares a uma ex-atriz pornô, visando evitar interferências nas eleições de 2016.

Este caso marca um marco na história dos Estados Unidos, sendo a primeira vez que um ex-presidente é condenado por um crime penal. Trump agora tem permissão para discutir publicamente diversos aspectos do processo judicial, embora ainda haja restrições em relação à identidade dos jurados. O desdobramento desse caso continuará sendo acompanhado de perto pela mídia e pela opinião pública.

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