Mato Grosso do Sul decreta emergência devido a incêndios fora de controle no Pantanal, ação humana é apontada como causa.

O Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência devido aos incêndios florestais no Pantanal. A medida, publicada no Diário Oficial na segunda-feira, permitirá uma implantação mais rápida de novos meios para combater os incêndios que assolam a região. Segundo especialistas, a seca extrema e a ação humana são os principais responsáveis pela situação crítica em que o bioma se encontra.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de 1º de janeiro a 23 de junho foram registrados 3.262 focos de incêndio no Pantanal, um aumento de 33% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da Universidade Federal do Rio de Janeiro aponta que as chamas já atingiram 627 mil hectares da região.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, classificou a situação como uma das piores já vistas no Pantanal. Ela destacou que as mudanças climáticas, o El Niño, o La Niña e as queimadas para renovação de pastos e plantações contribuem significativamente para a propagação dos incêndios.

Diante desse cenário preocupante, os governos estaduais decidiram proibir as queimadas controladas até o final do ano, considerando-as como crimes. A situação é especialmente grave no Mato Grosso do Sul, que concentra 78% da área afetada pelos incêndios, correspondendo a 480.775 hectares.

Marina Silva planeja viajar para Corumbá na sexta-feira, onde se reunirá com autoridades locais para avaliar as consequências dos incêndios. Em 2020, o bioma do Pantanal sofreu com um grande número de queimadas, resultando em danos ambientais significativos.

Neste contexto, é fundamental que sejam adotadas medidas imediatas e eficazes para evitar uma tragédia como a do ano anterior. A sociedade e as autoridades devem unir esforços para proteger e preservar o Pantanal, um dos biomas mais ricos e diversificados do Brasil.

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