Zúñiga descreveu a organização criminosa como sendo bastante consolidada, responsável por roubar propriedades de pessoas no país e legitimá-las a terceiros. A investigação que durou mais de dois anos revelou que o grupo lavava dinheiro de propriedades roubadas por meio da compra de criptomoedas, movimentando em uma única transação cerca de US$ 13 milhões.
Os líderes do grupo, dois cidadãos espanhóis de 41 e 42 anos, foram identificados como responsáveis pela operação criminosa. Durante a megaoperação, que contou com a participação de aproximadamente 500 agentes do OIJ, foram realizadas 47 incursões em todo o país, culminando na prisão dos trinta e seis indivíduos envolvidos.
Segundo Zúñiga, todos os presos foram acusados de fraude registral, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Entre os detidos estão advogados, notários, funcionários públicos e até cinco agentes de trânsito. A atividade paralela do grupo incluía linhas de transporte público com ônibus privados, onde usavam os agentes de trânsito para multar os concorrentes e assim eliminá-los do mercado.
De acordo com o OIJ, cerca de 100 propriedades foram roubadas, apesar de um dos detidos mencionar um número ainda maior, chegando a falar em até 300 propriedades. A operação foi considerada um sucesso pelas autoridades locais, que prometem continuar a investigação a fundo para desmantelar completamente essa organização criminosa.