Presidente do Quênia promete reprimir “violência e anarquia” após protestos contra aumento de impostos que deixaram cinco mortos.

O presidente do Quênia, William Ruto, fez uma promessa enfática nesta terça-feira (25) de reprimir com rigor a violência e a anarquia que têm assolado o país nos últimos dias. Novos protestos contra um projeto de aumento de impostos resultaram em confrontos na capital Nairóbi e deixaram pelo menos cinco mortos.

Ruto declarou que será dada uma resposta completa, eficaz e rápida aos atos de traição cometidos pelos manifestantes. O presidente enfatizou que não é normal que criminosos se passem por manifestantes pacíficos e causem terror à população, alertando também os responsáveis por planejar, financiar e orquestrar a violência.

Os protestos ocorreram no centro financeiro de Nairóbi, onde manifestantes do movimento “Ocupar o Parlamento” invadiram o prédio do Parlamento em oposição a um projeto de orçamento que prevê a implementação de novos impostos no país.

Segundo relatos de ONGs, pelo menos cinco pessoas morreram e 31 ficaram feridas durante os confrontos. Testemunhas viram corpos no chão, alguns em meio a poças de sangue, e um edifício foi incendiado nas proximidades do Parlamento.

A principal coalizão de oposição, Azimio, acusou o governo de utilizar força brutal contra os cidadãos. Além disso, líderes internacionais, como os Estados Unidos e a União Africana, manifestaram preocupação com a situação no Quênia.

Os protestos, liderados inicialmente pela “Geração Z”, expandiram-se e se tornaram uma manifestação mais ampla contra a política do presidente Ruto. Os manifestantes exigem a eliminação total do projeto de aumento de impostos, enquanto o governo alega ser necessário para dar sustentação econômica ao país.

Em meio aos protestos e à repressão violenta, a conexão de internet no Quênia foi significativamente prejudicada. Este cenário de tensão e confrontos coloca o país em um momento crucial de instabilidade política e social.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo