Em suas declarações, Pacheco afirmou que é possível a apreciação e aprovação desses temas antes do recesso e que isso permitirá avançar em outras pautas propositivas para o desenvolvimento do Brasil. Para compensar a desoneração da folha, estão sendo estudados programas de repatriação de recursos no exterior, de atualização de ativos e de equacionamento de multas em agências reguladoras. De acordo com o presidente do Senado, será criado um programa semelhante ao Desenrola para regularizar dívidas nessas agências e estimular o pagamento com redução de multas e juros.
Além disso, a taxação de compras internacionais de até US $50, aprovada no Congresso e aguardando a sanção presidencial, também é considerada uma fonte de arrecadação para compensar a desoneração. Pacheco ressaltou que tanto o Senado quanto o Ministério da Fazenda estão convencidos de que a questão da desoneração da folha de pagamento dos municípios e dos 17 setores será resolvida com essas fontes de compensação.
Quanto à renegociação das dívidas dos estados, o acordo prevê a utilização dos ativos estaduais para pagamento da dívida com a União, com a possibilidade de redução do indexador de juros. Além disso, os juros poderão ser transformados em investimentos nos estados, em áreas como educação, infraestrutura e segurança pública. Pacheco explicou que essa proposta visa trocar o pagamento de juros por investimentos como contrapartida da redução do indexador.