As autoridades locais de Gaza relataram que o bombardeio atingiu o campo de refugiados de al-Shati, no norte do enclave palestino, governado pelo Hamas desde 2007. O porta-voz da Defesa Civil do enclave, Mahmoud Basal, afirmou que várias pessoas continuam presas sob os escombros.
O Exército israelense afirmou que não pode confirmar a informação, mas declarou que realizou ataques contra combatentes do Hamas que estavam dentro de complexos escolares em al-Shati. As forças israelenses alegaram que esses combatentes estavam envolvidos no ataque terrorista de 7 de outubro, que deflagrou o conflito.
É importante ressaltar que Ismail Haniyeh, que vive no Catar e é alvo de mandados de prisão solicitados pelo Tribunal Penal Internacional, já havia perdido três de seus filhos e quatro netos em um bombardeio em abril.
Os Estados Unidos têm pressionado Israel para evitar uma escalada na fronteira com o Líbano, onde há confrontos quase diários com o movimento xiita Hezbollah. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mencionou que a fase intensa da guerra em Rafah está perto do fim, o que permitirá a realocação de forças para o norte.
As negociações para uma trégua entre Israel e Hamas estão paralisadas, com o Hamas exigindo um cessar-fogo permanente e a retirada completa das tropas israelenses de Gaza, algo que Netanyahu rejeita.
O conflito em Gaza já resultou em um grande número de mortes, principalmente de civis, gerando indignação em todo o mundo. Além disso, o impacto humanitário da guerra tem sido devastador, com relatos de fome e falta de recursos básicos no enclave. A situação é ainda mais preocupante considerando o número de crianças vitimadas diariamente, aumentando a pressão sobre as agências humanitárias para prestar assistência.
Espera-se que as autoridades encontrem uma solução pacífica para a situação e evitem escaladas que possam resultar em mais sofrimento para a população civil. A comunidade internacional precisa continuar pressionando por um cessar-fogo duradouro e por medidas que garantam a segurança e o bem-estar dos habitantes de Gaza.