O australiano desembarcou em um avião privado e foi recebido com grande emoção por sua esposa Stella e seu pai, em um momento que marcou o fim de um capítulo conturbado em sua vida. Após assumir sua culpa por revelar segredos da área de Defesa dos Estados Unidos, Assange alcançou um acordo com a Justiça americana que o permitiu finalmente recuperar sua liberdade.
A juíza Ramona V. Manglona declarou nesta quarta-feira que Assange estava livre de acusações de espionagem, graças ao acordo que pôs fim a uma era de litígios judiciais. No entanto, o fundador do WikiLeaks ficará impedido de viajar aos Estados Unidos sem autorização, segundo comunicado do Departamento de Justiça.
Ao deixar o tribunal, Assange, visivelmente exausto, subiu em um avião privado com destino a Camberra. Seus advogados destacaram a importância histórica desse momento, encerrando anos de batalhas legais e confinamento.
Barry Pollack, um dos advogados de Assange, ressaltou a luta do fundador do WikiLeaks pela liberdade de expressão e de imprensa, destacando que o mesmo nunca deveria ter sido acusado com base na Lei de Espionagem. O acordo concedido a Assange encerra um processo que se arrastava por quase 14 anos.
Durante sua trajetória, Assange foi acusado de divulgar mais de 700 mil documentos ligados às atividades militares e diplomáticas dos Estados Unidos, contando com a participação crucial da guerrilheira Chelsea Manning. O acordo de isenção de culpa concedeu ao jornalista a liberdade que ele tanto almejava, marcando o fim de um capítulo conturbado em sua vida.
Agora, Assange aguarda ansiosamente por dias mais leves e esperançosos em seu país natal, a Austrália, onde poderá recomeçar e deixar para trás os desafios e obstáculos que marcam sua longa jornada em busca da verdade e da liberdade de expressão.