As expectativas das instituições financeiras foram superadas, uma vez que os analistas de mercado esperavam um déficit de R$ 38,5 bilhões em maio, de acordo com a pesquisa Prisma Fiscal divulgada pelo Ministério da Economia. Nos cinco primeiros meses do ano, o Governo Central acumula um déficit de R$ 30 bilhões, contrariando o superávit de R$ 1,834 bilhão registrado no mesmo período do ano anterior.
O déficit primário desconsidera o pagamento dos juros da dívida pública e a meta estabelecida para este ano é de um déficit zero, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para cima ou para baixo. No entanto, o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas projetou um déficit de R$ 14,5 bilhões para o Governo Central, correspondente a um resultado negativo de 0,1% do PIB.
Quanto às receitas, houve um aumento significativo, porém as despesas cresceram em um volume ainda maior, especialmente devido aos gastos com a Previdência Social e o novo Bolsa Família. As receitas administradas apresentaram alta, impulsionadas pela recomposição de tributos sobre os combustíveis e recuperação da economia, enquanto as despesas obrigatórias, discricionárias e de investimentos também registraram crescimento.
Diante desse cenário, o governo busca cumprir a meta fiscal através de arrecadação recorde e do desbloqueio de recursos, mantendo o foco em equilibrar as contas públicas e garantir a estabilidade econômica do país.