O dólar comercial fechou esta quarta-feira (26) cotado a R$ 5,519, registrando uma alta de R$ 0,065 (+1,2%). Durante todo o dia, a cotação da moeda operou em elevação, atingindo o valor máximo de R$ 5,52 por volta das 16h. Com esse desempenho, o dólar atingiu seu maior valor desde 18 de janeiro de 2022, quando encerrou em R$ 5,56, acumulando uma alta de 5,14% somente em junho e de 13,72% ao longo de 2024.
No mercado de ações, o dia foi caracterizado pela volatilidade. Após oscilar em baixa ao longo do dia, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 122.701 pontos, com uma alta de 0,3%. Apenas esta semana, o índice acumula um aumento de 1,07%.
A sessão foi marcada por turbulências tanto no cenário interno quanto externo. Globalmente, as taxas dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos voltaram a subir, impactando o valor do dólar em todo o mundo. Juros mais elevados em economias desenvolvidas estimulam a saída de capitais de países emergentes, como o Brasil.
Internamente, diversos fatores contribuíram para a instabilidade. Em declaração ao Portal UOL, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o plano de ajuste fiscal priorizará o aumento de arrecadação em detrimento dos cortes de gastos, uma declaração que desagradou o mercado financeiro.
Outro fator que gerou impacto negativo nas negociações foi a divulgação de que o déficit primário em maio atingiu R$ 61 bilhões, impulsionado pela antecipação do décimo terceiro para a Previdência Social. O resultado foi pior do que as previsões do Prisma Fiscal, pesquisa do Ministério da Fazenda com instituições financeiras, que apontavam um déficit de R$ 38,5 bilhões nas contas públicas.
Em um ambiente de incerteza e nervosismo, os investidores seguem atentos aos desdobramentos econômicos e políticos, buscando oportunidades e estratégias para lidar com a volatilidade dos mercados financeiros.
