Fundador da WikiLeaks, Julian Assange, é acusado de colocar pessoas em perigo ao divulgar documentos confidenciais nos Estados Unidos.

O fundador da WikiLeaks, Julian Assange, recuperou a liberdade nesta quarta-feira (26) após um acordo com a Justiça americana. No entanto, os Estados Unidos reiteraram que Assange colocou pessoas em perigo ao divulgar documentos confidenciais na década de 2010.

Segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, os documentos divulgados por Assange identificavam pessoas em contato com o Departamento de Estado, incluindo líderes da oposição e ativistas de direitos humanos em todo o mundo. Essas pessoas ficaram em perigo devido à revelação pública das informações.

Além disso, o porta-voz afirmou que a divulgação dos documentos afetou a capacidade do pessoal dos Estados Unidos de estabelecer relações e manter conversas francas. Assange publicou centenas de milhares de documentos confidenciais americanos no site WikiLeaks a partir de 2010.

Assange concordou em se declarar culpado de uma única acusação de conspiração para obter e divulgar informações de defesa nacional. Ele já cumpriu cinco anos e dois meses de prisão em Londres e teve a liberdade concedida.

O fundador da WikiLeaks se tornou um herói para ativistas devido à divulgação de informações sobre as guerras dos Estados Unidos no Iraque e no Afeganistão. No entanto, seus críticos o acusam de divulgar grandes quantidades de documentos governamentais sem qualquer tipo de filtro.

O Departamento de Estado afirmou que precisou retirar pessoas de situações de perigo devido às informações reveladas por Assange. Miller comparou a ação do fundador da WikiLeaks a dirigir embriagado, mesmo que não tenha causado acidentes, ainda representa um perigo para a sociedade.

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