O levantamento da SBP abrangeu apenas os casos graves que exigiram acompanhamento hospitalar. Nele, foi identificado que as crianças de 1 a 4 anos são as principais vítimas, com um total de 6.4 mil internações nos dois últimos anos. Em seguida, estão as faixas etárias de cinco a nove anos (2.735 casos), de 15 a 19 anos (1.893), de dez a 14 anos (1.825) e os menores de um ano (1.051).
A pesquisa também apontou que o estado do Paraná liderou o ranking de internações por queimaduras, com 1.730 registros, seguido por São Paulo (1.709), Bahia (1.572), Rio de Janeiro (1.126) e Minas Gerais (1.006). Por regiões, houve aumento nas hospitalizações no Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do país, com exceção da Região Centro-Oeste, que registrou queda nas internações.
Segundo a presidente do Departamento Científico de Prevenção e Enfrentamento às Causas Externas na Infância e Adolescência da SBP, Luci Pfeiffer, é essencial redobrar a atenção durante os festejos juninos, que vão de junho a agosto, pois nesse período aumentam os riscos de acidentes por queimaduras. Ela ressaltou a importância da prevenção e da vigilância constante dos pais e responsáveis para evitar esse tipo de acidente.
A SBP enfatiza que a segurança das crianças deve ser prioritária, especialmente em casos envolvendo fogos de artifício e fogueiras. Luci Pfeiffer alerta que os fogos não são brinquedos e não devem ser manuseados por crianças e adolescentes, e que a proximidade com fogueiras deve ser evitada, pois podem causar queimaduras graves e consequências irreparáveis. Medidas preventivas, como colocar portões na cozinha e cercar fogueiras, são essenciais para evitar acidentes e proteger a integridade das crianças.