Essa observação levantou questões sobre o papel dos ácidos graxos ômega-3, presentes em abundância na dieta dos Inuit, na proteção do coração e na prevenção de doenças cardíacas. Essa descoberta inicial desencadeou décadas de pesquisa e interesse científico sobre o potencial benéfico do ômega-3 para a saúde cardiovascular.
Hoje em dia, os suplementos de ômega-3 se tornaram extremamente populares nos Estados Unidos, sendo amplamente consumidos por uma parcela significativa da população. No entanto, os resultados dos estudos sobre os benefícios do óleo de peixe, fonte comum de ômega-3, têm sido divergentes e contraditórios.
Enquanto alguns estudos apontam para possíveis benefícios na redução do risco de doenças coronárias, outros não encontraram evidências conclusivas de que os suplementos de ômega-3 tenham impacto significativo na saúde cardíaca. Além disso, há relatos de que o consumo de óleo de peixe pode estar associado a um aumento do risco de fibrilação atrial, um tipo de batimento cardíaco irregular.
Diante dessas controvérsias, especialistas recomendam cautela ao consumir suplementos de óleo de peixe e enfatizam a importância de obter ômega-3 por meio de uma dieta equilibrada, rica em peixes gordurosos e outros alimentos saudáveis. Apesar das incertezas em torno dos benefícios dos suplementos de ômega-3, há consenso sobre a importância de adotar hábitos alimentares saudáveis e um estilo de vida ativo como medidas fundamentais para a proteção do coração e a promoção da saúde cardiovascular.