O foco do julgamento está nos três acusados: o agressor, sua ex-namorada e seu empregador como vendedores ambulantes. No entanto, o processo não abordará possíveis ideólogos ou apoios financeiros, o que levou Kirchner a solicitar investigações adicionais como parte de uma causa paralela.
O advogado de Kirchner, Marcos Aldazábal, ressaltou que a investigação ainda não está completa e que há muitas questões a serem esclarecidas, especialmente quanto às motivações reais e possíveis envolvidos no crime. O julgamento está previsto para durar até um ano e contará com mais de 300 testemunhas, incluindo a própria Kirchner.
O agressor, um vendedor de doces, atacou Kirchner em frente à sua casa em Buenos Aires, enquanto ela estava sendo julgada por suposta fraude. Apesar de puxar o gatilho duas vezes, as balas não saíram, e o brasileiro foi preso no local. Sua ex-namorada e seu empregador também foram detidos posteriormente como cúmplices do atentado.
O impacto político do ataque foi profundo, levando a uma onda de solidariedade internacional e a uma reflexão sobre os limites da violência na política. O governo decretou um feriado extraordinário, e manifestações em todo o país condenaram o ocorrido, sinalizando que a polarização política havia ultrapassado os limites aceitáveis.
O julgamento em curso traz à tona não apenas a investigação do atentado, mas também questões mais amplas sobre a segurança e a integridade do sistema democrático na Argentina. A expectativa é de que as audiências revelem novos detalhes sobre o caso e contribuam para a compreensão do ocorrido em 2022.