A cena foi marcada por emoção, com Assange abraçando seu pai e sua equipe jurídica ao desembarcar. O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, que vinha defendendo a libertação de Assange há anos, conversou com ele por telefone após a chegada do avião, elogiando os esforços do governo australiano em apoiar seus cidadãos.
A chegada de Assange marca o fim de uma saga que incluiu mais de cinco anos em uma prisão britânica e sete anos em asilo na embaixada do Equador em Londres. As acusações contra ele originaram-se da divulgação, em 2010, de documentos confidenciais dos EUA sobre as guerras no Afeganistão e Iraque.
Durante uma audiência nos Estados Unidos, Assange se declarou culpado por conspirar para obter e divulgar documentos confidenciais, embora alegasse que suas ações estavam protegidas pela Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que garante a liberdade de expressão. A juíza que aceitou sua confissão desejou um feliz aniversário antecipado a Assange, que completará 53 anos em breve.
Enquanto o governo dos EUA considerava Assange imprudente, seus apoiadores o saudavam como um herói da liberdade de expressão. Seus advogados nos EUA e no Reino Unido agradeceram ao governo australiano por garantir sua libertação. Assange, que concordou em se declarar culpado de uma única acusação criminal, agora poderá voltar para casa na Austrália e retomar uma vida normal.
A saga de Julian Assange é um lembrete dos desafios enfrentados por aqueles que buscam expor a verdade e promover a liberdade de expressão. Sua chegada à Austrália marca o fim de um longo capítulo em sua vida, mas seu legado como defensor da transparência e da liberdade continuará a ecoar por muito tempo.