Jurados de três países se reúnem virtualmente para decidir vencedor do Prêmio Camões 2024, o mais importante da literatura portuguesa.

A escolha do vencedor da edição 2024 do renomado Prêmio Camões, reconhecido como o mais importante da literatura portuguesa, teve início com uma reunião virtual realizada nesta quarta-feira (26). Promovida pelos governos do Brasil e de Portugal, a premiação contempla escritores dos países que compõem a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

O encontro, que determinará o laureado, é composto por dois representantes do Brasil, dois de Portugal e mais um par de algum país da CPLP. Os membros brasileiros presentes na reunião são o escritor Deonísio da Silva e o professor e pesquisador Ranieri Ribas, participando diretamente da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. Já representando Portugal estão as professoras Clara Crabbé Rocha e Isabel Cristina Mateus. Moçambique completa o trio de jurados, com a presença do filósofo e crítico de arte poética Dionisio Bahule e do professor Francisco Noa.

O anúncio do vencedor será feito assim que houver consenso entre os jurados, sem data definida para a cerimônia de entrega do prêmio, que poderá ocorrer no Brasil ou em Portugal. O laureado receberá um montante de 100 mil euros, equivalente a mais de R$ 580 mil, dividido igualmente entre as entidades responsáveis pelo Prêmio Camões: o Ministério da Cultura português e a Fundação Biblioteca Nacional brasileira.

Criado em 1988, o Prêmio Camões homenageia um autor de língua portuguesa que, ao longo de sua carreira, tenha contribuído significativamente para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural da língua. O prêmio leva o nome de Luís Vaz de Camões, renomado poeta português do século XVI.

Dentre os vencedores anteriores do Prêmio Camões, destacam-se 14 brasileiros, 14 portugueses, três moçambicanos, dois cabo-verdianos, um angolano e um luso-angolano. Chico Buarque, premiado em 2019, teve sua cerimônia adiada devido à recusa do então presidente Jair Bolsonaro em assinar o diploma, sendo finalmente entregue em 2023 sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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