Durante a entrevista, o ex-presidente abordou a utilização do derivado da maconha para fins medicinais, citando exemplos de casos em que a droga é empregada no tratamento de doenças como Parkinson e Alzheimer. Lula enfatizou que a ciência tem comprovado a eficácia da maconha em diversos países e questionou a resistência à sua utilização no Brasil.
A decisão do STF de descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal, após nove anos de análises, foi tema central da entrevista de Lula. O ex-presidente destacou a importância de diferenciar usuários de traficantes e ressaltou a necessidade de regulamentar a questão, mas ponderou que essa discussão não deve ser atribuição do Supremo Tribunal Federal, e sim do Congresso Nacional.
A Polêmica em torno da decisão do STF também foi mencionada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que argumentou que a competência técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e a competência legislativa do Congresso Nacional estão sendo invadidas. A criação de uma comissão especial na Câmara dos Deputados para analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que torna crime a posse e o porte de drogas ilícitas também foi uma medida tomada em meio à controvérsia.
Dessa forma, a questão do uso de maconha no Brasil segue em pauta, suscitando debates sobre saúde pública, soberania do Legislativo e decisões judiciais. Enquanto autoridades e especialistas divergem, a população aguarda por uma definição que concilie os interesses da sociedade e do sistema legal.