Por outro lado, a Comissão Nacional de Direitos Humanos do Quênia contabilizou 22 mortes, sendo 19 delas em Nairóbi. Na capital do país, os agentes de segurança dispararam contra os manifestantes que invadiram o Parlamento, a Prefeitura e incendiaram veículos próximos à Suprema Corte. Os protestos, liderados principalmente por jovens, tiveram início de forma pacífica na semana anterior em Nairóbi e outras cidades, em repúdio aos novos impostos propostos no orçamento 2024-2025.
Apesar de alguns trechos da proposta terem sido abandonados após a apresentação, a população continuou insatisfeita com o alto custo de vida do país e exigiu o fim completo do projeto. A situação se agravou na tarde de terça-feira, depois que os parlamentares aprovaram o projeto de lei revisado. Os protestos se intensificaram em Nairóbi, com invasões ao Parlamento e à Prefeitura, além de incêndios em veículos próximos à Suprema Corte.
Diversas ONGs, incluindo a Anistia Internacional no Quênia, relataram que a polícia disparou contra a multidão na tentativa de contê-la, levando as pessoas a romper os controles de segurança do Parlamento e invadir o prédio. A tensão aumenta no país devido aos confrontos e ao número crescente de vítimas fatais. A população aguarda por respostas e soluções por parte das autoridades para acalmar os ânimos e evitar mais tragédias.