Durante a entrevista, Lula destacou a importância do salário mínimo como o mínimo necessário para a sobrevivência de uma pessoa e ressaltou que não pretende comprometer a economia apertando ainda mais esse valor. Ele argumentou que é fundamental proporcionar igualdade de condições para que todas as pessoas tenham a oportunidade de viver com dignidade.
Além disso, o presidente mencionou o empresário norte-americano Henry Ford, citando sua filosofia de valorizar os trabalhadores para que pudessem consumir os produtos que fabricavam. Lula reforçou a importância de conciliar os interesses dos empregadores com a manutenção do poder aquisitivo dos trabalhadores.
Sobre a possível modernização das vinculações de benefícios trabalhistas e previdenciários, o presidente mencionou que a discussão está em curso no governo, mas reiterou seu compromisso em manter a política de valorização do salário mínimo durante seu mandato.
Em relação à taxação de compras internacionais, Lula abordou a questão da taxação de remessas vindas do exterior e defendeu um equilíbrio na cobrança de impostos, questionando a lógica de taxar pequenas compras enquanto há isenções para compras de maior valor realizadas por pessoas com maior poder aquisitivo.
O projeto de lei que prevê a taxação de compras internacionais de até US$50, aprovado pela Câmara dos Deputados e aguardando sanção presidencial, foi citado durante a entrevista. Lula indicou que a tendência é vetar essa taxação, considerando a lógica e a justiça na aplicação das medidas fiscais.
A política de remessa Conforme para compras do exterior abaixo de US$50 foi mencionada, ressaltando que apenas o ICMS é cobrado pelos estados e o imposto de importação federal incide somente para remessas acima desse valor. A lista de empresas que aderiram ao programa também foi destacada como uma forma de informar a população sobre as opções disponíveis para suas compras internacionais.