Secretário do Tesouro Nacional afirma que meta fiscal de 2024 é “viável” e sem discussão de alteração, contrariando ceticismo do mercado financeiro.

Na última quarta-feira, 26 de junho, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, fez questão de reforçar que a meta fiscal de 2024 está mantida e é perfeitamente “viável”. Mesmo diante do ceticismo do mercado financeiro, Ceron foi enfático ao afirmar que não há qualquer discussão em andamento para a alteração desse objetivo, que prevê a eliminação do déficit público.

Em uma coletiva de imprensa, o secretário destacou que o governo não tem sido omisso em adotar medidas que possam assegurar o cumprimento da meta fiscal estabelecida, enfatizando que a distância entre as projeções do governo e as expectativas do mercado em relação ao resultado primário vem diminuindo progressivamente.

Ceron ressaltou também a importância de garantir que o resultado fiscal ao final do ano esteja dentro da banda prevista pelo arcabouço fiscal, e afirmou que as expectativas do mercado não têm se descolado da realidade. Ele reconheceu que a política fiscal desempenha um papel significativo na condução da política monetária, especialmente a curto prazo.

Questionado sobre os possíveis contingenciamentos e bloqueios no orçamento projetados por agentes econômicos, o secretário preferiu não comentar, justificando que há uma confusão técnica entre os dois termos. Ele ressaltou que os bloqueios foram realizados nos relatórios bimestrais para adequar a dinâmica das despesas, e não espera mudanças nos parâmetros macroeconômicos para a próxima revisão bimestral.

Em relação à agenda de revisão de gastos e às discussões sobre as despesas previdenciárias, Ceron salientou a importância de realizar um ajuste fiscal sem prejudicar as camadas mais pobres da população. Segundo ele, o governo tem um diagnóstico de ações para o ajuste fiscal, com tempo de maturação e uma janela de oportunidade para sua implementação.

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