Um dado preocupante é que houve perda de água em todos os meses de 2023 em comparação com o ano anterior, mesmo nos meses da estação chuvosa. Em 2022, a superfície de água atingiu 18,8 milhões de hectares. Essas informações fazem parte de uma nova coleção de dados do MapBiomas, abrangendo o período de 1985 a 2023. O MapBiomas alerta que os biomas brasileiros estão sofrendo com a redução da superfície de água desde o ano 2000, sendo a década de 2010 considerada a mais crítica.
A Amazônia, que representa mais da metade da superfície de água do país, teve uma redução significativa em 2023. Já o Pantanal enfrentou uma redução de 61% na superfície de água em relação à média histórica. No Cerrado, houve um aumento na superfície de água antrópica, enquanto os corpos de água naturais diminuíram.
A Caatinga e o Pampa registraram uma tendência de acréscimo na superfície de água em 2023, após um período de estiagem. Já a Mata Atlântica apresentou uma superfície de água 3% acima da média histórica, sendo o bioma com maior presença de água antrópica.
O MapBiomas ressalta a importância de estratégias de adaptação na gestão hídrica, diante das mudanças climáticas e das consequências da redução da superfície de água nos ecossistemas e na sociedade como um todo. É fundamental pensar em medidas para garantir a sustentabilidade dos recursos hídricos e a preservação dos biomas brasileiros.