Dentre as atividades que mais contribuíram para o aumento de preços estão máquinas, aparelhos e materiais elétricos, alimentos, vestuário, farmacêutica, papel e celulose, e metalurgia. Por outro lado, a principal queda foi observada no setor de indústrias extrativas, com uma variação de -4,98%, impactando negativamente a inflação do mês em -0,25 ponto porcentual.
O gerente de análise e metodologia do IBGE, Alexandre Brandão, destacou que a queda nas indústrias extrativas foi influenciada pelos produtos de maior peso, óleo bruto de petróleo e minério de ferro, que apresentaram variação no mesmo sentido. Essa situação não ocorria desde fevereiro, indicando uma particularidade no comportamento desses produtos.
O setor de alimentos foi o que mais pressionou o índice nacional, contribuindo com 0,45 ponto porcentual para o IPP do mês. Além disso, a metalurgia e a papel e celulose também tiveram contribuições relevantes para o aumento de preços. O avanço no setor de alimentos foi impulsionado, principalmente, pelos resíduos da extração de soja, leite e arroz, enquanto o açúcar apresentou uma queda de preço mais acentuada.
Brandão ressaltou que a demanda internacional forte e a depreciação do real foram fatores que influenciaram o aumento nos preços dos resíduos de soja. Já a redução na produção de leite, devido ao clima adverso, e problemas de logística no Rio Grande do Sul para o transporte de arroz foram apontados como causas para essas variações de preços.
A colheita da cana-de-açúcar foi outro fator que explicou a queda no preço do produto em maio. A diversidade de influências nos preços dos produtos industriais evidencia a complexidade do cenário econômico atual, com diversos setores sendo impactados por diferentes fatores internos e externos, o que exige uma análise cuidadosa para compreender as dinâmicas presentes no mercado.
