América Latina enfrenta longo histórico de fracassos em tentativas de golpe de Estado, sobretudo na Bolívia e Venezuela.

A tentativa fracassada de golpe de Estado na Bolívia na quarta-feira se junta a uma longa lista de episódios na América Latina em que movimentos civis ou militares tentaram assumir o poder à força, sem sucesso. Muitos desses episódios têm histórias pitorescas, como revelou o jornalista argentino Ariel Palacios em seu livro “América Latina, Lado B”. Por exemplo, ele conta sobre a tentativa de golpe contra o ditador paraguaio Alfredo Stroessner, onde a ideia original era pegá-lo na casa da amante, mas acabou sendo uma operação fracassada e confusa.

Outro caso marcante foi o autogolpe que derrubou Pedro Castillo no Peru em 2022. O presidente, cercado de desconfianças e enfrentando investigações envolvendo nepotismo, tentou fechar o Parlamento e implementar um governo de exceção, mas não obteve apoio político e acabou destituído e preso no mesmo dia.

Na Venezuela, tanto Hugo Chávez quanto Nicolás Maduro enfrentaram tentativas de golpe. Chávez liderou uma tentativa frustrada em 1992, enquanto Maduro foi alvo de uma tentativa liderada por Juan Guaidó em 2019. Ambos os casos não obtiveram sucesso e os líderes permaneceram no poder.

Na Argentina, os Carapintadas, um grupo de militares que agiram durante a redemocratização do país, tentaram se insurgir contra o governo por quatro vezes entre as presidências de Raúl Alfonsín e Carlos Menem. Em 1990, durante a visita do presidente dos EUA, George Bush, a Argentina, a última sublevação dos Carapintadas foi considerada um escândalo nacional.

Esses são apenas alguns exemplos de tentativas frustradas de golpes de Estado na América Latina, que revelam as complexidades e peculiaridades dessas situações. Cada episódio, marcado por tramas e reviravoltas, contribui para a rica história política da região.

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