Após 70 dias de greve, governo federal assina acordos com professores e técnicos de universidades públicas e institutos federais

O governo federal deu um passo importante para encerrar a greve dos professores e técnicos-administrativos das universidades públicas e institutos federais de educação. Em um evento realizado em Brasília, foi assinado nesta quinta-feira (27) um acordo entre o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e as entidades representativas dos profissionais do setor.

Após 70 dias de paralisação, a categoria retomou as atividades acadêmicas, colocando um ponto final em um longo período de negociações e reivindicações. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) foram os signatários dos acordos.

Para os docentes, a proposta do governo inclui uma reestruturação na carreira, com aumentos médios de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Isso resultará em um novo piso salarial de R$ 13,7 mil para professores com doutorado e de R$ 26,3 mil para professores titulares em 2026.

Já para os técnicos-administrativos, está previsto um reajuste médio de 31,2% ao longo de quatro anos, com melhorias na progressão na carreira. Além disso, o Ministério da Educação se comprometeu a revogar uma portaria que regulamenta atividades docentes nas instituições federais e a criar um Grupo de Trabalho para elaborar uma nova regulamentação.

Outros pontos acordados incluem a recomposição do conselho responsável pela certificação de professores de cursos técnicos de nível médio. Com a assinatura desses acordos, espera-se que o setor de educação superior e técnica possa retomar suas atividades de forma plena, garantindo benefícios e melhorias para os profissionais envolvidos.

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