Colaborador de opositora venezuelana desaparece às vésperas de visita em Táchira, denuncia oposição em meio a campanha eleitoral

Um colaborador da opositora venezuelana María Corina Machado no estado de Táchira (oeste) está desaparecido desde a última quarta-feira, véspera da visita da líder à região, como parte da campanha para as eleições presidenciais de 28 de julho. A denúncia foi feita pela oposição nesta quinta-feira, que exige a libertação imediata do dirigente.

Franklin Chacón, membro do partido social-democrata Copei e colaborador da equipe de campanha de Machado, é uma peça fundamental nos comícios em apoio ao seu substituto, Edmundo González Urrutia, após a proibição da própria Machado pelo Tribunal Supremo de Justiça. As autoridades ainda não se pronunciaram sobre o paradeiro de Chacón, que é uma liderança destacada no município de Panamericano, onde a visita de Machado estava programada.

A oposição tem denunciado uma série de casos de perseguição política a seus líderes e militantes, incluindo o fechamento de estabelecimentos comerciais e multas a estabelecimentos que prestaram serviços a Corina Machado e sua equipe. Além disso, cerca de dez prefeitos foram impedidos de exercer seus cargos por manifestarem apoio à candidatura de González Urrutia, sem que as autoridades justifiquem suas decisões.

Até o momento, a oposição contabiliza 37 prisões durante a campanha eleitoral. Enquanto isso, o governo venezuelano acusa a oposição de conspirar contra o presidente Maduro, aumentando suas aparições na televisão estatal antes das eleições. A ONG Foro Penal contabiliza 282 “presos políticos” na Venezuela, evidenciando a tensão política no país.

Esses eventos refletem a polarização e a instabilidade no cenário político venezuelano, à medida que o país se prepara para um novo pleito presidencial. A sociedade civil e a comunidade internacional estão atentas aos desdobramentos dessas eleições, que podem ter impactos significativos no futuro do país.

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