Crise humanitária em Gaza: pacientes sobreviventes de bombardeios são abandonados e correm risco de morte por infecções em hospitais precários.

Os relatos de médicos americanos que retornaram de Gaza revelam uma situação de extrema emergência e desespero nos hospitais do território palestino. Em meio aos bombardeios israelenses, muitos pacientes estão sendo deixados à própria sorte ou correndo risco de morte por infecções simples, devido à falta de artigos básicos como luvas, máscaras e sabonete.

Os profissionais de saúde se veem obrigados a tomar decisões dolorosas, como interromper o tratamento de um menino de sete anos com queimaduras graves devido à escassez de curativos. A situação é tão crítica que um ex-cirurgião de combate do Exército dos EUA, Adam Hamawy, de 54 anos, afirmou nunca ter visto tantas vítimas civis em suas missões anteriores em áreas devastadas por conflitos.

As condições nos hospitais são deploráveis, com falta de pessoal e escassez grave de medicamentos e produtos de higiene básicos. Enfermeiros e médicos, como Monica Johnston, têm enviado listas de equipamentos necessários para autoridades nos Estados Unidos, na esperança de obter mais ajuda humanitária para Gaza.

O desespero é tamanho que, em meio a toda adversidade, um menino com o corpo queimado teve que ser deixado de lado, apresentando sinais de infecção dias depois. A falta de recursos e a desigualdade no acesso à saúde são algumas das principais questões que esses profissionais enfrentam diariamente ao tentar salvar vidas em meio ao caos de Gaza.

Diante dessas condições desumanas, é urgente que a comunidade internacional se mobilize e pressione por um cessar-fogo que permita a entrada de ajuda humanitária em Gaza. A responsabilidade dos países em garantir o acesso a cuidados médicos básicos e a dignidade humana em meio a conflitos é crucial para evitar que mais vidas inocentes sejam perdidas.

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