Na última quinta-feira (27), a segurança foi reforçada ao redor do palácio presidencial, que havia sido alvo de militares e tanques que tentaram invadir o local a mando do ex-comandante do Exército, o general Juan José Zúñiga. Após ser detido e acusado de terrorismo e insurreição armada, Zúñiga foi preso e pode enfrentar até 20 anos de prisão.
Em El Alto, reduto do governo, manifestantes saíram às ruas para apoiar Arce, que completará seu mandato em breve. A população local se mobilizou em barricadas e queimou pneus em apoio ao presidente.
Durante o momento de maior tensão, um dos tanques tentou derrubar a porta do palácio presidencial. Arce confrontou Zúñiga pessoalmente e ordenou que ele retornasse aos quartéis. Após mais de três horas de resistência, as tropas recuaram quando o presidente nomeou um novo comando militar.
Apoiado internacionalmente, Arce conseguiu sair vitorioso da tentativa de golpe. No entanto, a crise econômica persiste na Bolívia, com escassez de dólares e combustíveis, além de uma disputa política entre Arce e seu mentor político, o ex-presidente Evo Morales.
Apesar da situação tensa, Arce parece estar melhor posicionado do que seus opositores. O futuro político do país continua incerto, com especulações e acusações mútuas entre diferentes figuras políticas. A Bolívia segue em um cenário de instabilidade, com desafios econômicos e políticos a serem superados.