A justificativa para essa valorização das ações está ligada ao fato de que os custos previstos para a universalização do saneamento básico no estado de São Paulo podem ser 30% a 40% menores do que as estimativas do governo estadual. A universalização do saneamento até 2029 é uma das condições impostas nos contratos de privatização da empresa.
O economista Hugo Sérgio de Oliveira, ex-presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) e da Associação de Profissionais Universitários da Sabesp (APU), explicou que parte das previsões de ligações de água e esgoto está superdimensionada, chegando a ser 30% a 40% maior do que o necessário.
Com os custos reduzidos para a universalização do saneamento, o fluxo de caixa futuro da Sabesp tende a ser mais alto, justificando assim a valorização das ações. Oliveira ressaltou que a apresentação do plano de privatização pode estar maquiada, levando a conclusões que favorecem a venda da empresa por um valor inferior ao que seria adequado.
O estudo realizado pelo Sintaema será encaminhado nos próximos dias ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para contestar a privatização da companhia. Até o momento, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do estado de São Paulo, responsável pelo processo de privatização, ainda não se manifestou sobre as conclusões do estudo.