Governo boliviano prende 17 envolvidos em fracassado golpe de Estado contra presidente Luis Arce em ação planejada desde maio.

O governo da Bolívia anunciou nesta quinta-feira a prisão de 17 militares e civis acusados de participação no fracassado golpe de Estado contra o presidente Luis Arce. Essa ação ocorreu um dia após uma tentativa de golpe, onde tropas e tanques cercaram o palácio presidencial por horas, gerando grande tensão no país.

Os detidos foram apresentados com algemas e coletes à prova de balas, além de estarem sob escolta policial. Dois dos detidos foram identificados como os líderes do plano de golpe, o general Juan José Zúñiga e o vice-almirante Juan Arnez, ex-comandantes do Exército e da Marinha, respectivamente.

Segundo o Ministério Público, ambos podem enfrentar penas de até 20 anos de prisão por terrorismo e rebelião armada. O ministro de Governo (Interior), Eduardo del Castillo, declarou em coletiva de imprensa que a tentativa de golpe teria sido planejada desde maio passado.

A polícia está em busca de outros três suspeitos e reforçou a segurança no palácio presidencial. Esse episódio de violência política teve como pano de fundo uma crise econômica, originada pela queda de receitas de gás e escassez de dólares e combustíveis.

A vitória de Arce nesse suposto golpe fortaleceu sua posição política, mas evidenciou o descontentamento de amplos setores da sociedade. Esse incidente mostrou a fragilidade institucional do país após 18 anos de governo do Movimento ao Socialismo.

Apesar das acusações de um suposto golpe planejado pelo presidente Arce para aumentar sua popularidade, autoridades e analistas refutam essas alegações. O país vive um momento crítico, com disputas internas e uma população insatisfeita com a situação política e econômica.

A Bolívia ainda enfrenta desafios internos e externos, com a necessidade de estabilizar sua situação política e econômica para garantir um futuro mais estável e próspero para sua população.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo