Os detidos foram apresentados com algemas e coletes à prova de balas, além de estarem sob escolta policial. Dois dos detidos foram identificados como os líderes do plano de golpe, o general Juan José Zúñiga e o vice-almirante Juan Arnez, ex-comandantes do Exército e da Marinha, respectivamente.
Segundo o Ministério Público, ambos podem enfrentar penas de até 20 anos de prisão por terrorismo e rebelião armada. O ministro de Governo (Interior), Eduardo del Castillo, declarou em coletiva de imprensa que a tentativa de golpe teria sido planejada desde maio passado.
A polícia está em busca de outros três suspeitos e reforçou a segurança no palácio presidencial. Esse episódio de violência política teve como pano de fundo uma crise econômica, originada pela queda de receitas de gás e escassez de dólares e combustíveis.
A vitória de Arce nesse suposto golpe fortaleceu sua posição política, mas evidenciou o descontentamento de amplos setores da sociedade. Esse incidente mostrou a fragilidade institucional do país após 18 anos de governo do Movimento ao Socialismo.
Apesar das acusações de um suposto golpe planejado pelo presidente Arce para aumentar sua popularidade, autoridades e analistas refutam essas alegações. O país vive um momento crítico, com disputas internas e uma população insatisfeita com a situação política e econômica.
A Bolívia ainda enfrenta desafios internos e externos, com a necessidade de estabilizar sua situação política e econômica para garantir um futuro mais estável e próspero para sua população.