Governo da Venezuela premia Julian Assange, fundador da WikiLeaks, por coragem no jornalismo em meio à escalada contra a imprensa.

O governo da Venezuela concedeu um prêmio especial ao fundador da WikiLeaks, Julian Assange, durante a cerimônia do Prêmio Nacional de Jornalismo Simón Bolívar. Assange, australiano de 52 anos, foi libertado em 26 de junho após um acordo judicial com os Estados Unidos, colocando fim a quase 14 anos de batalha legal.

Os organizadores do prêmio justificaram a decisão de homenagear Assange por sua atuação em prol do jornalismo corajoso e da defesa da liberdade de expressão. O prêmio especial foi uma forma de reconhecer o trabalho do fundador da WikiLeaks na divulgação de documentos confidenciais que abordavam atividades militares e diplomáticas dos Estados Unidos em diversos países.

No entanto, a decisão de premiar Assange gerou controvérsias, principalmente entre organizações de defesa da liberdade de expressão. Essas entidades denunciaram uma “escalada” contra a imprensa na Venezuela durante os mais de 20 anos de governo chavista, documentando o fechamento de centenas de veículos de comunicação.

Assange, que passou sete anos na embaixada do Equador para evitar extradição para a Suécia em uma investigação por estupro, foi preso em 2019 pela polícia britânica. Sua libertação em junho de 2024 marcou o fim de um longo processo judicial que envolveu diversos países e despertou debates sobre liberdade de imprensa e direito à informação.

O reconhecimento a Assange durante o Prêmio Nacional de Jornalismo Simón Bolívar ressalta a importância do trabalho jornalístico na sociedade contemporânea e levanta questionamentos sobre os limites da liberdade de expressão em contextos políticos complexos como o da Venezuela.

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