Os organizadores do prêmio justificaram a decisão de homenagear Assange por sua atuação em prol do jornalismo corajoso e da defesa da liberdade de expressão. O prêmio especial foi uma forma de reconhecer o trabalho do fundador da WikiLeaks na divulgação de documentos confidenciais que abordavam atividades militares e diplomáticas dos Estados Unidos em diversos países.
No entanto, a decisão de premiar Assange gerou controvérsias, principalmente entre organizações de defesa da liberdade de expressão. Essas entidades denunciaram uma “escalada” contra a imprensa na Venezuela durante os mais de 20 anos de governo chavista, documentando o fechamento de centenas de veículos de comunicação.
Assange, que passou sete anos na embaixada do Equador para evitar extradição para a Suécia em uma investigação por estupro, foi preso em 2019 pela polícia britânica. Sua libertação em junho de 2024 marcou o fim de um longo processo judicial que envolveu diversos países e despertou debates sobre liberdade de imprensa e direito à informação.
O reconhecimento a Assange durante o Prêmio Nacional de Jornalismo Simón Bolívar ressalta a importância do trabalho jornalístico na sociedade contemporânea e levanta questionamentos sobre os limites da liberdade de expressão em contextos políticos complexos como o da Venezuela.