Autoridades bolivianas prendem 21 pessoas, incluindo ex-comandantes das Forças Armadas, por golpe fracassado contra presidente Luis Arce.

Na última sexta-feira (28), as autoridades bolivianas prenderam um total de 21 pessoas, incluindo os três ex-comandantes das Forças Armadas, em relação ao golpe fracassado contra o presidente Luis Arce. No decorrer dos dois últimos dias, houve um aumento no número de detenções, passando de 17 para 21 indivíduos presos.

Durante uma coletiva de imprensa, o ministro do Governo (Interior), Eduardo del Castillo, anunciou as novas prisões, entre elas a do general Marcelo Zegarra, ex-comandante da Força Aérea. Zegarra foi detido quando compareceu perante a Promotoria, acompanhado por seus advogados. Além disso, outros três soldados de baixa patente também foram apresentados algemados e usando coletes à prova de balas, sendo um deles o sargento Alan Condori, responsável por dirigir o veículo blindado que tentou derrubar uma das portas do palácio presidencial.

As investigações apontam que os três comandantes depostos do Exército, da Marinha e da Força Aérea participaram do cerco com tropas e tanques à sede presidencial. O general Juan José Zúñiga, ex-comandante do Exército, foi apontado como o líder do plano de golpe, sendo preso juntamente com o vice-almirante Juan Arnez, da Marinha, após a retirada das tropas rebeldes.

Durante a rebelião militar, 14 civis ficaram feridos com projéteis disparados pelos soldados. O presidente Luis Arce informou que alguns dos feridos precisaram passar por cirurgias. As autoridades prosseguem com as investigações e operações para esclarecer a tentativa de golpe contra Arce, que está no poder desde o final de 2020.

O ministro Del Castillo ressaltou que as 21 pessoas presas não agiram sozinhas, e é possível que mais detenções ocorram à medida que as investigações avançarem. A situação política na Bolívia permanece tensa, com as autoridades trabalhando para garantir a estabilidade do governo e a segurança do presidente.

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