Déficit primário do setor público atinge R$ 63,9 bilhões em maio, segundo dados do Banco Central, representando aumento em relação ao ano anterior.

No último mês de maio, as contas públicas brasileiras encerraram com um déficit de R$ 63,9 bilhões, um aumento em relação ao mesmo período do ano anterior, que registrou um déficit de R$ 50,2 bilhões. Os números são fruto das estatísticas fiscais divulgadas pelo Banco Central nesta sexta-feira (28).

Os déficits foram distribuídos entre os diversos setores do governo, com o governo central apresentando um déficit de R$ 60,8 bilhões, os governos regionais com um déficit de R$ 1,1 bilhão, e as empresas estatais com um déficit de R$ 2,0 bilhões. O déficit primário, que representa a diferença entre as despesas e receitas do setor público sem considerar os pagamentos de juros da dívida pública, atingiu um total de R$ 362,5 bilhões entre janeiro e maio de 2024, o que equivale a 7,83% do Produto Interno Bruto (PIB).

A autoridade monetária divulgou que o déficit acumulado do setor público consolidado em 12 meses é de R$ 280,2 bilhões, equivalente a 2,53% do PIB. Os juros nominais também apresentaram um aumento, totalizando R$ 74,4 bilhões em maio de 2024, contra R$ 69,1 bilhões no mesmo mês do ano anterior.

A Dívida Líquida do Setor Público alcançou 62,2% do PIB em maio, representando um aumento de 0,7 ponto percentual em relação ao mês anterior. O Banco Central ressaltou que esse aumento foi influenciado principalmente pelos impactos dos juros nominais, do déficit primário e da desvalorização cambial. Já a Dívida Bruta do Governo Geral registrou um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao PIB no último mês, atingindo 76,8% do PIB.

Os números evidenciam a situação financeira delicada do setor público, com um desequilíbrio cada vez mais expressivo entre receitas e despesas, refletindo a necessidade de medidas urgentes para ajustar as contas e reduzir o endividamento público.

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