A campanha eleitoral foi marcada pela tentativa de Pezeshkian de angariar o apoio das minorias étnicas e daqueles insatisfeitos com as políticas recentes do governo. No entanto, enfrenta o desafio de convencer os eleitores a comparecerem às urnas, diante de um cenário de repressão e descontentamento crescente. O boicote também é uma opção para muitos eleitores, especialmente os jovens.
A divisão entre reformistas e conservadores no Irã reflete um cenário complexo e desafiador para o próximo presidente. Questões econômicas, o controle da Guarda Revolucionária e as sanções internacionais são desafios que aguardam o novo líder. A diplomacia e a busca por soluções para impulsionar a economia estão em pauta nos debates entre os candidatos, cada um com propostas distintas.
Além da eleição presidencial, o país enfrenta um processo de transição envolvendo a sucessão do líder supremo Ali Khamenei. Com 85 anos e relatos sobre sua saúde fragilizada, a escolha do próximo líder supremo é fundamental para a estabilidade do regime. A possibilidade de um vácuo de poder ou uma decisão contestada pode levar a manifestações e instabilidade política.
Em meio a tudo isso, o comparecimento nas urnas ganha importância. Khamenei enfatiza a necessidade de uma alta participação popular para fortalecer a República Islâmica e deter os inimigos. O futuro do Irã, tanto no cenário interno quanto internacional, está em jogo nesta eleição histórica.