A operação, que contou com a cooperação da Interpol, teve início no Núcleo de Cooperação Internacional da PF no Rio de Janeiro e resultou na inclusão do nome do ex-CEO na lista de Difusão Vermelha, levando à sua captura no exterior. Uma ex-diretora da empresa, que também é alvo das investigações, segue foragida.
As acusações contra os ex-diretores incluem a participação em fraudes contábeis que totalizam R$ 25,3 bilhões, de acordo com a Polícia Federal. Além das prisões preventivas, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, e bens e valores no valor de mais de R$ 500 milhões foram sequestrados pela Justiça.
A investigação contou com a colaboração da atual diretoria do grupo Americanas, bem como do Ministério Público Federal e da Comissão de Valores Mobiliários. De acordo com a PF, as fraudes estavam relacionadas a operações de risco sacado, que envolviam antecipações de pagamentos a fornecedores por meio de empréstimos bancários, e contratos falsos de verba de propaganda cooperada.
Em nota, o grupo Americanas reiterou sua confiança nas autoridades e afirmou ter sido vítima de uma fraude por parte de sua antiga diretoria. A empresa ressaltou a crença na Justiça e aguarda o desfecho das investigações para responsabilizar judicialmente todos os envolvidos. A operação Disclosure segue em andamento, e novas informações podem surgir conforme avança a apuração dos fatos.