Gutierrez é alvo de um mandado de prisão preventiva e teve seu nome incluso na lista de difusão vermelha da Interpol. Até o momento, a ex-diretora da empresa, Anna Christina Ramos Saicali, ainda está foragida e sendo procurada pelas autoridades.
Em comunicado, a defesa de Gutierrez enfatizou que o empresário nunca participou de nenhuma fraude e tem colaborado totalmente com as investigações. Por sua vez, a Americanas se pronunciou, declarando que foi vítima de uma fraude elaborada por sua antiga diretoria, que manipulou os controles internos de maneira dolosa.
De acordo com as investigações, Gutierrez estava diretamente envolvido nas fraudes, participando ativamente do fechamento dos resultados. Ele possuía a palavra final sobre os números supostamente inflados que eram apresentados ao Conselho de Administração e ao mercado, conforme apontou a Polícia Federal.
A Procuradoria da República argumenta que existem diversas provas indicando que toda a fraude era comandada por Gutierrez. O ex-CEO não apenas tinha conhecimento dos resultados verdadeiros, mas também dos resultados fraudados, que serviram de base para o recebimento de bônus milionários.
Além disso, as investigações revelaram que Gutierrez e Anna Christina Saicali teriam vendido mais de R$ 230 milhões em ações da Americanas temendo a divulgação das fraudes contábeis bilionárias da empresa.
Diante dos desdobramentos dessa operação, autoridades competentes estão trabalhando incansavelmente para esclarecer todos os fatos e responsabilizar os envolvidos nesse escândalo financeiro que abalou o mercado varejista. A sociedade aguarda por respostas e por medidas efetivas para garantir a transparência e a integridade no meio corporativo.
