França em alerta: Extrema direita lidera pesquisas e pode chegar ao poder nas eleições legislativas neste domingo.

Nesta sexta-feira, os partidos políticos na França estão em uma intensa batalha para conquistar eleitores no último dia de campanha antes do primeiro turno das eleições legislativas. O cenário é de incerteza, pois a extrema direita lidera as pesquisas e está cada vez mais próxima do poder.

O primeiro-ministro de centro-direita, Gabriel Attal, expressou sua preocupação em evitar uma vitória dos extremos, principalmente da extrema direita, e instou os franceses a votarem na aliança do presidente Emmanuel Macron. Do outro lado, o jovem líder de extrema direita, Jordan Bardella, de 28 anos, é promovido pelo partido Reagrupamento Nacional (RN) de Marine Le Pen como candidato a primeiro-ministro em caso de maioria absoluta na Assembleia Nacional.

Uma pesquisa da Ipsos, divulgada recentemente, projeta uma vitória para o RN e seus aliados com 36% dos votos, seguidos pela coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP, com 29%) e o partido no poder (com 19,5%). O desfecho da votação após o segundo turno é incerto devido ao sistema eleitoral em vigência na França, onde os deputados são eleitos em círculos eleitorais não nominais, com sistema majoritário em dois turnos.

A Bolsa de Paris registrou perdas de 6,42% em junho, encerrando seu pior mês em dois anos, e o rendimento do título a dez anos da França teve a maior disparidade em relação aos títulos da Alemanha desde 2012. A chegada da extrema direita ao poder pela primeira vez desde 1945, após a libertação do país da ocupação nazista, representaria uma mudança significativa na União Europeia.

Enquanto Macron enfrenta a possibilidade de compartilhar o poder com um governo de tendência política diferente, os adversários do RN alertam para os riscos de uma vitória da extrema direita. O cenário continua incerto, e os resultados começarão a ser revelados na noite de domingo, quando será conhecido se há deputados eleitos no primeiro turno e a configuração dos duelos no segundo turno.

Neste contexto de polarização, os eleitores franceses terão a responsabilidade de decidir o caminho que o país irá seguir nos próximos anos, com repercussões não apenas internas, mas também em âmbito global. A democracia francesa está sendo posta à prova nestas eleições legislativas, e o resultado final poderá alterar significativamente o rumo da política no país e na União Europeia.

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