As autoridades apresentaram 15 dos capturados, que estavam algemados e vestiam coletes à prova de balas, sob forte vigilância policial. Entre os detidos está Aníbal Aguilar, ex-vice-ministro dos anos 80, que coordenava o programa de erradicação do cultivo ilegal de coca. Além disso, outros três suspeitos estão sendo procurados, aumentando a tensão no país.
No dia seguinte à tentativa de golpe, La Paz estava sob um clima de tensão e medo. A segurança em torno do palácio presidencial foi reforçada após o cerco dos militares e blindados que tentaram invadir a sede do governo a mando do ex-comandante do Exército. O governo negou ter forjado a tentativa de golpe, como acusou o general detido.
Os líderes do Mercosul e países associados expressaram preocupação e condenação à tentativa de golpe na Bolívia, ressaltando a importância da manutenção da democracia e do estado de direito. Pequenos grupos de manifestantes saíram às ruas em El Alto em apoio ao presidente Luis Arce, enquanto o país enfrenta um momento delicado após a tentativa de golpe. O general e vice-almirante presos podem enfrentar até 20 anos de prisão por terrorismo e levante armado.
Portanto, a Bolívia vive um turbulento período de incertezas políticas após a tentativa de golpe de Estado, que mobilizou militares e civis e gerou repercussão internacional. Os desdobramentos desse episódio ainda são incertos, mas o país segue em alerta máximo diante da instabilidade política.